A dor crônica afeta a memória de uma pessoa. É o que aponta várias pesquisas científicas neste sentido. Confira mais sobre o assunto!
Quem tem dor crônica sabe como ela atrapalha muitas vezes a nossa rotina. Aquela dor ao levantar pela manhã, ou que impossibilita ir trabalhar e até fazer uma atividade física. Mas será que ela consegue incomodar mais do que isso? Por exemplo, a dor crônica afeta a memória?
Em alguns casos sim, ela é capaz de abalar a nossa memória e a pessoa sente dificuldades de se lembrar de algumas coisas a curto prazo. Afinal, se a dor prejudica o humor e o sono, ela também pode alterar a concentração e o poder de memorização.
Acompanhe neste post como isso pode acontecer, como a ciência explica isso. Além disso, veja o que pode ser feito.
A dor crônica afeta a memória?
Primeiramente, é importante entender que a dor crônica é um fenômeno complexo que envolve questões físicas, mentais, espirituais e emocionais. Como diz a própria IASP (International Association for the Study of Pain), a dor é uma experiência sensitiva e emocional desagradável.
Pesquisas científicas apontam que é frequente a queixa de pacientes com dificuldade de concentração e também déficit de atenção. Além disso, existe um prejuízo psicológico em relação ao humor, estresse emocional e fadiga. Isso, até certo ponto, também pode prejudicar a memória da pessoa.
Na medicina, esta questão tem um nome: comprometimento cognitivo leve. Em suma, se refere a um problema em algo relacionado ao pensamento (cognitivo), como a memória. O termo leve não serve para amenizar o problema, mas apenas para diferenciar de questões mais graves, como demências e outros transtornos. A dor, ainda mais crônica, influencia questões neurológicas e como as informações chegam ao cérebro.
Segundo uma pesquisa da Faculdade de Medicina do Porto, em Portugal, a dor crônica altera o fluxo de informação entre regiões do cérebro que são essenciais para a retenção de memórias temporárias, ou seja, as de curto prazo.
Memória pode piorar com o tempo?
A dor crônica pode afetar a memória da pessoa em qualquer idade, porém é com os idosos que a situação pode se agradar. Um estudo da Universidade da Califórnia mostrou que pessoas mais idosas com dor persistente apresentam queda mais rápida da memória.
Isso acontece à medida que envelhecem e pode piorar, gerando a demência, por exemplo. É natural a ideia de pensarmos que uma pessoa com dor não consegue prestar atenção em determinada situação. Isso se reflete na memória, já que o cérebro não irá captar o que aconteceu naquela situação. Aliado a isso, existe o processo natural do envelhecimento, o que afeta ainda mais.
Além do mais, outro ponto está relacionado ao que a dor provoca fisiologicamente, como a má qualidade do sono. Dormir é um instrumento essencial para a função cognitiva ideal. Depois de uma noite bem dormida, agimos e pensamos melhor, tudo flui naturalmente. Agora, o cansaço e a fadiga de uma noite mal dormida provocam os lapsos de memória.
Em uma situação prolongada, de dor crônica não tratada e a perda da memória, a tendência é que o quadro piore com o tempo.
Como podemos melhorar?
Está claro que nesta situação o mais importante é o tratamento da dor crônica em si, por isso um médico deve ser consultado. Vale lembrar que a dor crônica é aquela que persiste ou recorre por mais de três ou seis meses.
Atualmente é possível ter qualidade de vida mesmo com dor crônica, graças a tratamentos que envolvem equipes interdisciplinares. Uma pessoa pode contar com ajuda de medicamentos, fisioterapia, massagens, sem contar a importância da alimentação saudável e exercícios físicos.
Ao cuidar e aliviar a dor crônica, a memória não será afetada por este problema, porém é importante também manter a saúde dela em dia. Então, siga algumas destas dicas para ter uma boa memória:
Tenha qualidade de sono;
Exercite o cérebro;
Faça atividades físicas;
Alimentação variada;
Evite o estresse;
Não faça muitas tarefas ao mesmo tempo.
Procure um médico!
Espero que este post tenha ajudado a entender como a dor crônica afeta a memória e como podemos evitar este quadro. O importante é procurar um médico assim que perceber uma frequência maior na sua dor.
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