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Antidepressivos: como eles funcionam para a dor?



Antidepressivos podem ajudar contra dores crônicas

Quando você ouve a palavra antidepressivos já pensa no medicamento para tratar alguém com depressão, não é mesmo? Bom, nada mais lógico, porém este remédio também é muito indicado para quem sofre com dores crônicas. 


A depressão, em muitos casos, é até um “sintoma” das dores crônicas. O paciente sofre tanto com dores, com as crises, que pode gerar um quadro depressivo e de ansiedade. Mas não é apenas neste caso que o antidepressivo se torna uma opção para o paciente. 


Confira no texto que preparei a seguir como os antidepressivos atuam no nosso organismo e a importância deles para quem sofre de dor crônica. 


O que são antidepressivos e como eles atuam no organismo?


Eles são medicamentos para o tratamento da depressão, mas também podem ser indicados para outras condições psicológicas, como: 


  • ansiedade;

  • transtorno obsessivo-compulsivo (TOC);

  • estresse pós-traumático;

  • insônia;

  • dor crônica. 


Eles atuam aliviando os sintomas clássicos destes problemas, como tristeza profunda, falta de energia, alterações no sono e apetite.  Além disso, este medicamento ajuda pessoas que sofrem de dificuldade de concentração e pensamentos negativos.


Ao contrário dos psicoestimulantes, os antidepressivos não causam dependência, já que não provocam efeitos em pessoas com humor normal. Seu efeito está diretamente ligado à correção do desequilíbrio químico presente nos quadros depressivos.


Eles agem no sistema nervoso central, aumentando os níveis de neurotransmissores como serotonina e noradrenalina. Estas substâncias influenciam de forma direta no humor e nas emoções. No entanto, o início da ação costuma ser gradual, e os primeiros efeitos positivos são percebidos após cerca de duas semanas de uso contínuo.


É fundamental destacar que os antidepressivos tratam os sintomas da depressão, mas não suas causas. Por isso, muitas vezes são combinados com psicoterapia e outras abordagens, oferecendo um tratamento mais completo e eficaz.


Existem diferentes tipos de antidepressivos, como os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), os mais prescritos por apresentarem menos efeitos colaterais. Há também os inibidores da recaptação de serotonina e norepinefrina, os antidepressivos tricíclicos — usados em casos mais severos.


Qual a diferença entre uso para depressão e para dor


Apesar do nome, eles também podem ser indicados para o alívio de certos tipos de dor crônica, como neuropáticas, fibromialgia e dores musculares persistentes. No entanto, o objetivo do uso e o mecanismo de ação apresentam diferenças.


Quando usados para depressão, estes medicamentos atuam diretamente na regulação do humor, aumentando os níveis de neurotransmissores como serotonina e noradrenalina no cérebro. Isso ajuda a aliviar sintomas como tristeza profunda, desmotivação, insônia e pensamentos negativos.


Já no tratamento da dor, esses mesmos neurotransmissores exercem papel importante na modulação da dor no sistema nervoso central. Os antidepressivos, nesse contexto, ajudam a reduzir a sensibilidade à dor, melhorando a qualidade de vida, mesmo em pessoas que não apresentam sintomas depressivos.


Vale lembrar que nem todos os antidepressivos são eficazes para a dor. Os tricíclicos e alguns inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina são os mais utilizados com esse propósito. Em ambos os casos, o uso deve ser feito com orientação médica, respeitando a indicação correta!


Quais tipos de dor podem ser tratados com antidepressivos?


Não são todos os casos em que os antidepressivos são indicados para tratamento de dor crônica. Mas eles, quando bem orientados pelo médico que o acompanha, podem trazer resultados em problemas como:


Dor neuropática

A dor surge por uma lesão ou disfunção no sistema nervoso. Ela acomete o paciente em decorrência de doenças como diabetes (neuropatia diabética), herpes-zóster (neuralgia pós-herpética), esclerose múltipla ou até lesões na medula espinhal. 


Essa dor é descrita frequentemente como queimação, formigamento, choques ou pontadas. Os antidepressivos tricíclicos e os inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (como a duloxetina) são os mais usados nesses casos, ajudando a reduzir a sensibilidade do sistema nervoso e, consequentemente, a intensidade da dor.


Fibromialgia

Esta síndrome é caracterizada por dor generalizada no corpo, fadiga intensa, distúrbios do sono e sensibilidade ao toque. Embora sua causa ainda não seja totalmente compreendida, acredita-se que esteja relacionada a um desequilíbrio na forma como o cérebro processa os sinais de dor. 


Nesse cenário, antidepressivos como a duloxetina e a amitriptilina são frequentemente prescritos. Eles ajudam a modular os neurotransmissores envolvidos na percepção da dor e ainda contribuem para a melhora do sono e do humor, que costumam ser afetados nesses pacientes.


Dor lombar

As dores musculoesqueléticas, como a dor lombar crônica, também podem se beneficiar do uso de antidepressivos. Ainda mais quando estão associadas a tensões emocionais ou persistem mesmo após outros tratamentos físicos. 


Nesses casos, o medicamento não atua apenas no alívio da dor, mas também no bem-estar geral do paciente, melhorando a disposição e reduzindo a ansiedade associada à dor crônica. A ação dos antidepressivos nesse tipo de dor envolve a modulação dos caminhos da dor no sistema nervoso central, tornando o organismo menos sensível a estímulos dolorosos.


Procure ajuda médica!


Entendeu a importância dos antidepressivos no tratamento da dor crônica? Se você sofre com estas doenças listadas no texto, poderá fazer o uso do medicamento para melhorar sua qualidade de vida!


Mas para isso é essencial passar por um médico especialista em dor! Se quiser saber mais sobre o assunto, deixe um comentário neste texto que vou responder!


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