A Covid-19 pode trazer sequelas para os pós-infectados e uma delas é a dor crônica. Confira quais são as mais comuns.
A Covid-19 chegou para mudar completamente nossas vidas: máscara, álcool em gel, distanciamento social...tantas palavras e atitudes que nem de perto a gente pensou em fazer parte do nosso dia a dia.
A pandemia um dia vai acabar, mas as sequelas poderão ser para sempre, como para quem teve a doença e se recuperou. Isso porque pesquisas apontam que muitas dores crônicas podem estar ligadas ao coronavírus.
Neste post, vamos explicar qual a relação da Covid-19 com as dores crônicas e como será a nossa vida neste novo normal.
A dor crônica e a Covid-19
O coronavírus é a mais nova doença que domina o mundo atual, mas também com ela surgiram complicações pós-internação hospitalar, tanto em pacientes em casos mais leves, como em pacientes com internações na UTI por longo tempo em casos mais graves.
Entretanto, assim como a Covid-19 é uma doença nova e que cientistas e pesquisadores ainda buscam respostas para centenas de perguntas, as sequelas que a doença deixa nas pessoas ainda precisam ser mais bem estudadas.
O Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da USP, por exemplo, aponta em um estudo que a Covid-19 tem influência sobre quadros de dores crônicas, mesmo depois de o paciente curado do vírus.
Um dos responsáveis pelo estudo, Daniel Ciampi, disse que “na prática clínica, começamos a ver muitos pacientes se queixando de dor de cabeça, dor no corpo, dores musculares e alguns casos persistindo por muito tempo.”
Em outro estudo, feito pela USP com o Instituto do Câncer de São Paulo, das 119 pessoas avaliadas – pacientes que tiveram sintomas leves de Covid e pacientes livres da doença - 19% dos pacientes que tiveram a doença apresentaram quadro de dor crônica.
Dor e Covid: dúvidas no ar
Os impactos recentes da pandemia no mundo todos já sabem. A doença causou milhões de mortes e de infectados, lotou hospitais, distanciamento social, baixa na economia, mas os impactos pós-pandemia ainda são cercados por dúvidas.
A pandemia um dia vai acabar, principalmente com o avanço da vacinação. Um dos efeitos que poucas pessoas falam é em relação às dores crônicas. E elas surgem de diversas maneiras, como em:
Pacientes que desenvolveram dor crônica após contágio da Covid-19;
Pacientes que desenvolveram dor crônica, mas não foram contaminados;
Pacientes com dores crônicas que tiveram a piora no quadro.
Estes três cenários apontam como a Covid-19 influenciou as dores crônicas de milhares de pessoas desde o início da pandemia. Não só para aqueles pacientes que tiveram a doença, mas para aqueles que não tiveram.
Isso porque a questão do estresse causado pela pandemia, como medo de morrer, de ser contaminado, o isolamento social, pode aumentar a dor crônica em uma pessoa, não necessariamente por ela ter sido contaminada, criando barreiras para o tratamento.
Mas, voltando a falar sobre pacientes que tiveram Covid-19, as dores crônicas podem se tornar comuns após a cura. Dezenas de pesquisas apontam para este caminho e muito ainda tem de ser estudado.
Fadiga Crônica
Dores nas Costas
Dores nas mãos
Dores nas pernas
Estas são só algumas das dores crônicas que os pacientes que tiveram Covid-19 reclamam. Agora, é comum a pessoa ter dores após uma infecção viral, como é o caso do coronavírus, mas no caso dela, outro problema ajuda no surgimento das dores.
A internação em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) por um longo período também traz graves sequelas para o paciente, como problemas musculares, articulares e, inclusive, alguma lesão pulmonar crônica.
Durante uma internação, muitos sintomas aparecem como a dor e o desconforto. Isso é provocado por fatores como o longo período imobilizado, a sedação em si, a ventilação mecânica. Na internação, para aliviar a dor, são usados bloqueadores neuromusculares e corticoides.
Tudo isso acaba criando os famosos gatilhos para a dor se tornar crônica. O paciente fica fraco, principalmente na questão motora, facilitando o surgimento de dores articulares, contraturas, miopatias e até mesmo atrofia muscular.
E o tratamento?
Como tudo ainda é muito recente, tanto a pandemia como as sequelas pós-Covid, ainda não há uma regra, mas pessoas com doenças preexistentes, como diabetes, imunodeficiência, tendem a apresentar mais sequelas.
A questão é que o tratamento varia para cada tipo de dor crônica que o paciente tiver. Mas o importante é fazer de forma multidisciplinar, incluindo um check-up cardíaco e um pneumologista para avaliar as sequelas da doença nestes órgãos tão afetados pela doença.
Já a fisioterapia e também a intervenção medicamentosa são indicadas para reabilitação e tratamento em problemas musculares e respiratórios. E é importante se lembrar que repouso não combina com recuperação. O importante é se exercitar ou procurar atividades que estimulem o corpo.
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