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Writer's pictureDra Marcela Mara

Dor: Quando devemos nos preocupar com ela? Veja quais os tipos de dores

A dor é um sinal que o nosso corpo dá para avisar que algo não está bem e, ignorar esse sinal, pode ser prejudicial para a nossa saúde.




Costumo dizer para os meus pacientes que sentir dor não é normal. Além de piorar a qualidade de vida das pessoas, ela é um sinal de que algo não está legal com o nosso corpo, que precisamos nos cuidar.


A OMS, que é a Organização Mundial de Saúde, diz que a dor em geral atinge pelo menos 30% da população mundial. É muita gente, não é mesmo?


Mas quando devemos nos preocupar com a dor? Vem comigo nesse post que vamos falar um pouco das dores e o que fazer para melhorar a nossa qualidade de vida.


O que é dor?


A gente sabe que sentir dor não é nada agradável – seja por pouco tempo ou pela vida inteira – mas ela é sempre um sinal indicando algum problema no nosso organismo.


Por isso, sempre que sentir aquela dorzinha insistente é importante se preocupar e procurar um médico. Ela é uma reação fisiológica do corpo que funciona como um alerta.


Você acaba tendo uma sensação sensorial e emocional desagradável na intenção de tomar uma atitude para resolver.


Existem vários tipos de dores e é importante saber a diferença para avaliar que tipo de atitude tomar. Mas é importante alertar que nunca é bom tomar uma decisão sem uma opinião profissional, de um médico.


As dores são divididas em:


  • Dor aguda: Ela surge de repente e quando a causa é descoberta, uma vez resolvida, faz desaparecer o sintoma inicial. Ela tem um tempo específico, em média deve durar menos de três meses. Alguns exemplos são uma batida que deixa o corpo machucado, uma queimadura, uma pedra no rim, uma dor no peito por algum problema no coração.


  • Dor crônica: Ela pode ser o sintoma de alguma doença existente, ou ser a própria doença em muitos casos. Ela dura mais de três meses, pode ser contínua, ter períodos regulares ou crises. Uma dor na coluna, no joelho, quadril, ou uma dor de cabeça, dor de câncer.

Então é importante sempre avaliar o seu corpo, estar atento às dores e procurar um médico se sentir algo. Conviver com a dor pode trazer problemas graves de saúde e afetar até a vida profissional e social, porque também atinge o lado psicológico.




Quais as causas das dores crônicas?


No Brasil, a Sociedade Brasileira de Estudos para a Dor (SBED) afirma que 60 milhões de pessoas, cerca de 40% da população brasileira, sentem alguma dor de forma crônica, aquela que persiste por mais de três meses.


Uma pesquisa do Ibope Conecta mostrou algumas dores mais comuns que os brasileiros reclamam. De 1,5 mil entrevistados, 78% reclamam de dores de cabeça. Mas ela não é a única! Mais de 60% disseram sentir dores nas costas com frequência e 61% dores musculares.


E quais são as causas dessas dores? Infelizmente muitas vezes não é apenas um motivo, mas um conjunto de hábitos. Às vezes a dor crônica tem origem psicológica ou emocional, má alimentação, noites mal dormidas, estresse, postura...


A dor crônica, por durar tempo prolongado, faz tão mal para a saúde que prejudica a rotina da pessoa e muitas vezes acabam desencadeando outros problemas, como depressão e transtornos de ansiedade.


Por isso, as dores crônicas muitas vezes são tratadas por uma equipe multidisciplinar. Um reumatologista, um fisioterapeuta, neurologista e muitas vezes até mesmo um psicólogo.

Eles podem trabalhar de forma conjunta para melhorar os sintomas que interferem diretamente no dia a dia da pessoa, tanto no trabalho como na vida social.





Tratamento das dores


Assim como as dores crônicas podem ter muitos motivos, o tratamento também exige uma série de fatores: exercícios físicos, alimentação balanceada, evitar uso excessivo de remédios, melhorar a qualidade do sono.


  • Exercícios físicos: Além de melhorar o lado social, praticar atividade física bloqueia as dores e libera endorfina (que ajuda muito a fortalecer a imunidade, alivia o estresse, trabalha na modulação da dor). Os treinos também fortalecem os músculos e isso beneficia e protege a estrutura óssea.


  • Alimentação balanceada: Ter uma alimentação saudável, evitando gorduras, frituras e embutidos, evita uma série de doenças. Além disso, o sobrepeso é um gatilho para dores musculares e nas articulações.


  • Remédios descontrolados: Usar remédios sem controle, além de afetar órgãos como fígado e rins, pode fazer com que a dor realmente se torne crônica. E o que é mais perigoso, pode se tornar um vício. Por isso, sempre é importante ter uma prescrição médica para se medicar.

Médicos especialistas em dor podem fazer um diagnóstico completo no paciente, não apenas tratando a dor existente, mas também avaliando a origem dela para ajudar a combatê-la.


Lembre-se, a dor crônica não tem cura, mas seu tratamento dá ao paciente uma boa qualidade de vida, podendo ter uma rotina praticamente normal.


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