A pseudoartrose é conhecida como a ‘não-união óssea’, uma condição médica em que uma fratura não cicatriza corretamente no período esperado. Essa situação é debilitante para os pacientes, prolongando o tempo de recuperação. Mas o que pode causar uma pseudoartrose?
Entender o que gera esta condição é fundamental para a prevenção e o tratamento adequado. Aliás, caso não se cure de forma correta, alguns casos podem levar para a dor crônica e a disfunção.
Continue no texto comigo que vou explicar o que é a fundo esta condição, os sintomas e como pode surgir este problema.
O que pode causar uma pseudoartrose?
É quando a fratura óssea não cicatriza dentro do tempo esperado, resultando em uma falha na consolidação do trauma. Assim, ela é a ausência de união dos fragmentos ósseos após um período de 6 a 9 meses, apesar do tratamento adequado.
O termo "pseudoartrose", aliás, significa "falsa articulação". Isso porque, ao invés de formar um osso contínuo, o local da fratura desenvolve uma estrutura que se assemelha a uma articulação fibrosa. Dessa maneira, a região é incapaz de suportar o peso ou a função normal.
Diversos fatores biomecânicos, biológicos e comportamentais interferem na cicatrização óssea e podem causar a pseudoartrose. A imobilização inadequada, por exemplo, é um dos principais culpados. Se a fratura não estiver devidamente estabilizada, a movimentação contínua dos fragmentos irá impedir a formação de um calo ósseo robusto, essencial para a união.
Além disso, fraturas em áreas com suprimento sanguíneo pobre, como o colo do fêmur, são mais propensas a desenvolver pseudoartrose devido à insuficiência de nutrientes e oxigênio necessários para a cicatrização.
Fatores biológicos, como infecções e condições médicas, também podem causar o problema. Se o paciente tiver uma infecção óssea, isso poderá interromper o processo de cicatrização. Doenças crônicas, como diabetes e osteoporose, costumam afetar a capacidade do corpo de reparar o osso danificado.
Quais são as principais causas da pseudoartrose?
Só para reforçar então, as principais causas que levam um paciente a ter a pseudoartrose são:
inadequada imobilização;
insuficiência de suprimento sanguíneo;
infecção;
tabagismo;
doenças sistêmicas;
uso de medicamentos;
má nutrição;
técnica cirúrgica inadequada;
estresse mecânico excessivo.
O tabagismo é um fator de risco significativo para a pseudoartrose. A nicotina e outros produtos químicos presentes nos cigarros agem para diminuir a circulação sanguínea e interferir na formação de novos ossos. Além disso, alguns medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) e corticosteroides, podem afetar negativamente a cicatrização óssea.
Quais são os sinais clínicos de uma pseudoartrose?
Os sinais de que um paciente está com pseudoartrose variam, mas incluem sintomas persistentes e que indicam a falha na consolidação de uma fratura óssea. Os principais sinais clínicos incluem:
Dor persistente e localizada;
Dor agravada por movimento;
Instabilidade;
Movimento anormal;
Inchaço e sensibilidade;
Edema persistente;
Sensibilidade ao toque;
Deformidade;
Mobilidade reduzida.
A detecção precoce da pseudoartrose e uma avaliação médica adequada são essenciais para o manejo eficaz e para evitar complicações.
Qual tratamento para pseudoartrose?
O tratamento varia conforme o tipo e a causa da não-união óssea, bem como a localização da fratura. O objetivo principal do tratamento é fazer a consolidação óssea, aliviar a dor e restaurar a função do membro afetado.
As abordagens de tratamento incluem tanto intervenções não cirúrgicas quanto cirúrgicas. A eletroestimulação, por exemplo, usa a estimulação elétrica para promover a formação óssea e ajudar na cicatrização da fratura. Assim como a terapia por ondas de choque, que estimula a cicatrização óssea.
Além disso, a imobilização prolongada e correta com gesso ou órtese pode ser suficiente para promover a união dos fragmentos ósseos. Em casos de idosos ou pessoas com osteoporose, a suplementação pode ser necessária para garantir a disponibilidade de nutrientes essenciais para a cicatrização óssea.
Quando os tratamentos convencionais não dão resultado, o tratamento cirúrgico pode ser necessário. A primeira opção é a fixação interna, com placas e parafusos, para estabilizar a fratura e alinhar os fragmentos ósseos.
Outra maneira é com hastes intramedulares, inseridas dentro do canal medular do osso longo para fornecer estabilidade. Por fim, um enxerto ósseo pode ser a solução, usando o osso do próprio paciente para preencher o espaço da fratura e estimular a cicatrização.
Após o tratamento cirúrgico, é crucial seguir um programa de reabilitação que pode incluir:
Fisioterapia: Para recuperar a força e a mobilidade do membro afetado o médico vai solicitar sessões de fisioterapia.
Monitoramento regular: Acompanhamento médico é fundamental, com radiografias e consultas médicas para garantir que o osso está cicatrizando corretamente.
Gerenciamento da dor: Uso de analgésicos conforme necessário para controlar a dor durante o processo de recuperação.
Procure ajuda médica!
Agora que você viu o que pode causar a pseudoartrose, viu também que cada caso é único, e o tratamento deve ser personalizado conforme as necessidades do paciente.
Então, o acompanhamento médico contínuo é essencial para monitorar a cicatrização e ajustar o tratamento conforme necessário. Se você sofre com este problema, pode entrar em contato comigo para agendar uma consulta.
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